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CATI

Segue abaixo a reportagem da Reunião que tive a oportunidade participar na Região de Boracéia, onde representei nossa Aldeia Bananal e pude expor nossa opnião e defender idéias para melhorar a cada dia as nossas de vida.
Cacique Ubiratã
06 de outubro de 2008 – 11h10min


                                 Comunidades indígenas debatem programa de microbacias
A CATI está realizando consultas públicas com as comunidades indígenas para integrá-los ao Programa de
Desenvolvimento Rural, o Microbacias 2.
 A primeira reunião aconteceu na região oeste paulista, a segunda foi em Boracéia e reuniu representantes da Funasa, da Funai, das regionais da CATI de São Paulo e Pindamonhangaba, das Casas da Agricultura, do ITESP, Conselhos, Associações entre outros. Ainda acontecerão mais duas consultas públicas com a participação das comunidades indígenas, em São Paulo e na região de Registro.

No caso de Boracéia estiveram presentes caciques e representantes de onze aldeias indígenas localizadas em Bertioga, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, São Sebastião, São Vicente e Ubatuba.
Segundo Adolfo Timóteo, presidente do Conselho Estadual dos Povos Indígenas de São Paulo, esse é um momento importante para os povos indígenas. Cada uma das comunidades distribuídas em cinco regiões do território paulista tem seus problemas específicos e suas dificuldades, necessitando de soluções de acordo com sua realidade. E para isso é importante contar com a parceria do governo do Estado de São Paulo e de outras comunidades indígenas. “Meu dever é lembrar dos problemas de cada aldeia, que precisam ser resolvidos dentro da tradição indígena”.
Francisco Simões, coordenador da CATI, afirmou na abertura da reunião que a cultura indígena tem uma presença muito forte em muitos municípios paulistas. “Esse momento é de construção do novo Programa de Desenvolvimento Rural a ser executado pela CATI, que vai abranger também as comunidades indígenas e quilombolas. Num primeiro momento o Programa de Microbacias atendeu os agricultores familiares e no futuro será ampliado. É por isso que estamos fazendo essa consulta pública, para que tenhamos o formato adequado para atendimento a essas comunidades. Queremos que a CATI esteja presente como instituição e que amplie a participação social”.
Na oportunidade foram apresentados os resultados obtidos através das ações do Programa Estadual de Microbacias Hidrográfica e as perspectivas do Microbacias 2. Segundo Abelardo Gonçalves Pinto, diretor da divisão de extensão rural da CATI, o objetivo dessas consultas públicas é conhecer o interesse das aldeias indígenas e como deve ser feito o desenho do Programa para que as comunidades tenham uma participação ampla, com estratégias definidas pelo público a ser atendido, para inclusão de todas as terras e áreas indígenas como áreas prioritárias para atuação do Programa.
Foram levantadas sete regiões: oeste paulista, vale do ribeira, baixada santista, capital, litoral norte, litoral sul e sudoeste paulista.
Terra indígena guarani do Ribeirão Silveira
O trabalho com essa aldeia começou há um tempo porque a comunidade precisava de orientação quanto à conservação e manejo sustentável do palmito juçara. Essa comunidade, localizada em Boracéia, buscava também alternativas para geração de renda. Foi assim que implantaram também o plantio de pupunha e açaí, além do cultivo das mais variadas helicônias.
Segundo o cacique da comunidade, Sérgio Macena, o modo de viver do povo guarani se caracteriza pela combinação de atividades de caça, pesca, coleta e agricultura em função das potencialidades de cada região. O agrônomo da Casa da Agricultura de São Sebastião, Maurício Rubio Pinto Alves, que trabalha com a comunidade há alguns anos, disse que trabalhar com indígenas é uma situação muito diferenciada e não só pela cultura. “Temos muito a aprender, pois a floresta é muito produtiva e desaprendemos como viver com ela”.